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sábado, 22 de agosto de 2015

Projeto VIDAA no mundo acadêmico: apresentação no XV Encontro Paranaense de Educação Ambiental

O professor deve ser sempre um estudante. Colocando a prática pedagógica como objeto de estudo, podemos nos manter em constante processo de formação, necessário para oferecermos o que nossos alunos precisam para aprender mais a cada aula.


Pensando nisso, o Projeto VIDAA esteve vinculado ao Curso de Especialização em Educação Ambiental, oferecido pela FURG entre 2013 e 2015. Para finalizar o curso, foi realizado um projeto dentro do Projeto VIDAA no 3º trimestre de 2015, que foi organizado em um artigo científico intitulado "O Protagonismo dos Educandos a partir das Demandas Socioambientais da Escola: a experiência de Educação Ambiental da EMEF Maria Quitéria em Novo Hamburgo/RS", Orientado pelo Prof. Alexandre Pereira.

Este trabalho foi inscrito e aceito no XV Encontro Paranaense de Educação Ambiental, integrado a outros importantes encontros da área, e tive a oportunidade de levar essa experiência vivida na EMEF Maria Quitéria, localizada no bairro Roselândia em Novo Hamburgo/RS, para outros profissionais preocupados em desenvolver a Educação Ambiental nas escolas brasileiras.




quarta-feira, 29 de julho de 2015

Sol, água e plantas... para a Educação Infantil



Os alunos da Profª Monique decidiram conhecer mais as plantas nas aulas do Projeto VIDAA. Por isso, eles estão cuidando de 4 mudas de ervas para entenderem melhor o que as plantas precisam para crescerem saudáveis.




Primeiro, eles prepararam os vasos com pote de sorvete e cola colorida. O fundo desses potes foi furado para o escoamento de água e a tampa serviria de pratinho para não sujar a sala. Os alunos se dividiram em grupos e cada grupo enfeitou um ponte.


Em seguida eles escolheram mudas de ervas entre as escolhidas pela Profª Daniela Menezes. Eles tinham pedido ervas que servem como tempero e chá. As escolhidas foram: Alecrim, Manjericão, Orégano e Hortelã.


Então, em um processo coletivo que exigiu colaboração e respeito de todos, foram enchendo os vasos e transplantando as mudas escolhidas.


Para finalizar o processo, eles levaram as plantas para molhar. Mas na EMEF Maria Quitéria, coletamos água da chuva para molhar as plantas.




Como só temos Projeto VIDAA uma vez por semana, a turma preparou um cartaz para explicar para a Profª Monique tudo que é preciso para as plantas crescerem bonitas e saudáveis. Estudamos mais sobre o ciclo da água e sobre o sol.




Agora, as 4 ervas estão lá na sala 1 da EMEF Maria Quitéria sendo bem cuidadas por estes alunos. Vamos estudar cada uma delas e esperar elas crescerem para podermos usar em uma receita gostosa e saudável.

Construção dos Projetos de Pesquisa das Turmas

Depois da participação das turmas no Projeto AES Sul - Educar para Transformar, foi momento de aproveitar os materiais e informações recebidos para dar início às pesquisas das turmas. Primeiro, as turmas exploraram o livro que receberam na saída de estudos, onde relembraram os 4 eixos: água, mobilidade, resíduos e energia, organizando as informações principais em colunas, uma para cada eixo, assim eles exercitaram a leitura-reflexão-registro, fundamental para a realização de uma pesquisa.




Em seguida, foi preciso distribuir os eixos entre as turmas, para que todos fossem explorados, resultando em importantes aprendizagens para a escola. As turmas expressaram que o sorteio seria o mais justo, pois as últimas turmas ficaram com menos opções de escolha.

 Representantes de cada turma se reuniram para a realização do sorteio.

O 3º ano A sorteou o eixo Resíduos.

O 3º ano B ficou com o eixo Mobilidade.

O 5º ano A recebeu o eixo Energia.

E o 5º ano B ficou com o eixo Água.

Com os eixos distribuídos, é momento de escrever o Projeto de Pesquisa. Para tanto, montamos grupos de trabalho, onde os alunos se distribuíram misturando meninos e meninas e destacando os colegas que são considerados bons alunos pela turma. Cada turma montou seus 6 grupos de trabalho e começaram a escrita dos projetos através de fichas onde todos refletiram sobre os objetivos do projeto e depois cada grupo ficou responsável pela escrita do restante do projeto, também com fichas para a escrita da justificativa, da metodologia e da avaliação, que devem fazer parte de um projeto de pesquisa científica.

Continuaremos divulgando os passos de cada projeto desenvolvido, acompanhando as ações realizadas no Projeto VIDAA.

Para saber mais sobre a metodologia de ensino-aprendizagem pela pesquisa com as Séries Iniciais do Ensino Fundamental.

sábado, 13 de junho de 2015

Educar para Transformar o Ambiente

Nesse mês do Meio Ambiente, a EMEF Maria Quitéria reinicia um ciclo de trabalhos do Projeto de Educação Ambiental. Tivemos o retorno do Projeto VIDAA - Vivências InterDisciplinares Artísticas e Ambientais e turmas no turno da tarde também se mobilizaram para refletir sobre o meio ambiente.

Várias turmas participaram do Projeto Educar para Transformar da AES Sul na Comunidade, que ocorreu entre 8 e 12 de junho no Ginásio Agostinho Cavasotto no Rincão, Novo Hamburgo/RS.


O Projeto é uma ação da AES Sul para a promoção da Educação Ambiental nos municípios onde distribui energia elétrica. Em 2012, tivemos o 1º Ciclo, que também contou com nossa participação, onde um extraterrestre chegava ao Planeta Terra e não entendia a poluição e destruição que encontrava. Neste 2º Ciclo, o Projeto conta as aventuras da menina Gaia, que passa por diferentes ambientes identificando os problemas socioambientais e suas possibilidades de superação.



Com muita música, cores, teatro, dança e poesia associadas à experimentações e explicações científicas, o espetáculo promovido pela AES Sul foi o ponto de partida ideal para a organização das ações que serão desenvolvidas no Projeto VIDAA em 2015. A proposta para este ano letivo segue os princípios de integração entre ciência e arte para a sustentabilidade, desenvolvido em 2014.

Os alunos dos 3ºs anos e 5ºs anos foram convidados para se inspirarem com a história de Gaia, refletindo sobre as possibilidades de pesquisa para serem desenvolvidas ao longo do ano letivo. Cada turma irá seguir um dos eixos apresentados na apresentação, estruturando um projeto de pesquisa-ação que levará para o ambiente escolar as discussões promovidas nas cenas e nas mediações.

Na história, Gaia é uma boneca que ganha vida e convida os expectadores a percorrerem os registros em seu diário, onde realiza uma "Jornada sobre a Terra" em busca de conhecimentos e respostas para suas indagações.

Eixo Água: Maravilha de avistar o começo do mundo.


Em um palco transparente e brilhante, como um mar, Gaia inicia sua jornada em busca da vida. É na água que surgiu os primeiros organismos vivos no Planeta Terra e é submersos em um líquido que todos os seres humanos experimentam seus primeiros movimentos de vida. Gaia de deslumbra com toda a beleza e importância da água, mas se preocupa com a exploração humana desse importante recurso. Poluição e morte frequentam nossas águas atualmente e cabe a cada um de nós cuidar dessa fonte de vida e saúde que temos ao nosso alcance.




Na mediação, os monitores apresentaram o conceito de Água Virtual, onde é calculado a "Pegada Hídrica" de cada produto, ou seja, quanto de água se gasta até alguma coisa chegar até o consumidor. Uma calça jeans, por exemplo, gasta 11.000 litros de água para ser produzida, desde o plantio da fibra até o gasto de água do profissional que a confecciona. É uma água que não vemos no produto, mas que deve ser contabilizada, pois é uma parcela de água potável considerável que também é usada e poluída pelo ser humano.
Em seguida, o monitor contou com alunos presentes para demonstrar a proporção de toda a água existente no Planeta Terra. Sabemos que 70 % do nosso planeta é água e por isso ele é considerado um pontinho azul no espaço sideral, porém, se essa água toda fosse representada por uma garrafa pet cheia, um pouco mais de um copo seria a parcela de água potável, o resto seria a água dos oceanos, que é salgada. Da água potável existente, um pouco mais de meio copo está nas geleiras, um pouco menos de meio copo está nos subterrâneos e apenas uma tampinha está superficial, em rios, lagos e mares.

Eixo Mobilidade Urbana: Como se deu o primeiro deslocamento na Terra.


Em um palco cheio de direções, placas e barulhos, Gaia fica confusa por não saber para onde ir. Assim são as nossas cidades, que nos mantém sempre em movimento, mas sem muito objetivo. "Vamos do nada para lugar nenhum", aponta a menina. Mas ela percebe que a vida também pode desacelerar nas cidades, fazendo com que esse ambiente seja realmente para as pessoas.


Na mediação, os alunos tiveram que refletir sobre a ocupação do espaço. Eles descobriram que em um mesmo lugar, do tamanho de uma sala de aula, caberiam 75 pessoas de pé. 21 bicicletas, 6 carros e 2 ônibus. Assim, começou uma reflexão sobre os meios de transporte mais adequados para se transitar nas cidades. A questão não é deixar de se locomover, mas escolher de maneira crítica como vamos nos locomover, preferindo sempre que possível caminhar e andar de bicicleta, pois não polui. Quando vamos para locais mais distantes, devemos preferir os veículos que conseguem levar mais pessoas, equilibrando a poluição gerada. Com menos carros nas ruas, as cidades terão um trânsito mais vazio e menos barulhento, permitindo uma vida mais planejada e desacelerada.

Eixo Resíduos: Momento em que é preciso enfrentar os monstros que criamos.


Em um palco escuro, cheio de lixo, poeira e fumaça, surge um monstro de duas cabeças como o resultado das montanhas de lixo que vamos deixando pelo caminho da nossa passagem pela Terra. Depois de tentar fugir desse monstro, Gaia percebe que ele não é tão monstruoso assim e que podemos desmanchá-lo separando corretamente o que sobra daquilo que consumimos. Então, Gaia descobre as lixeiras coloridas e todos ajudam a colocar o lixo no seu lugar certo, mudando o ambiente monstruoso do início.



Na mediação, foram apresentadas as atitudes necessárias para começarmos a desmontar o monstro do lixo no nosso dia a dia. A partir dos 3 Rs - Reduzir, Reutilizar e Reciclar - os alunos viram exemplos de como o que sobra depois do consumo pode virar algo útil para as pessoas. Seja como matéria prima na reciclagem, quando se desmancha o resíduo para transformá-lo em outro novo, ou como material para a reutilização, quando se usa o resíduo em sua forma original para a produção de um objeto diferente do que ele foi feito inicialmente. Porém, o mais importante é que todos tenham o hábito de procurar a lixeira correta sempre que for descartar algo, buscando refletir sobre a possibilidade de diminuir a produção de lixo.

Eixo Energia: O que se fala do impulso que faz girar a roda que ilumina o mundo.


No palco vimos duas casas separadas e isoladas uma da outra, onde seus habitantes se afundavam em uma rotina que envolvia os aparelhos eletrônicos do nosso dia a dia. Com tudo ligado, eles não viam nada à sua frente. Mas Gaia chega para ajudar a desconectá-los dos aparelhos para poderem se conectar um com o outro. Então, quando finalmente os aparelhos são desligados, as pessoas percebem que a energia está disponível para nos auxiliar e não para nos aprisionar.



Na mediação, foi calculado o gasto energético apresentado na cena, com uma casa demonstrativa, o mediador ia "ligando" os aparelhos e o gasto mensal era calculado. Assim, os alunos perceberam que quando deixam os aparelhos ligados estão gerando um desperdício - de energia elétrica e de dinheiro - para suas famílias. Mas toda a energia vem do movimento da natureza, do vento, da água, do fogo, e o desperdício também gera um impacto na natureza. Para demonstrar isso, foi feito um experimento com uma bicicleta modificada, que permitia transformar o movimento em energia elétrica. Cada vez que se ligava um aparelho, a pedalada ficava mais pesada, assim pudemos perceber o esforço da natureza para nos ajudar a produzir a energia que tanto precisamos e apreciamos.


E termina a jornada de Gaia. Ela passou pela Cidade das Águas, Cidade do Trânsito, Cidade dos Resíduos e Cidade das Luzes. Agora, se inicia a jornada dos alunos da EMEF Maria Quitéria. Eles terão o desafio de levar essas aprendizagens para as salas de aula, observando o ambiente escolar e a comunidade local para perceberem o que precisa ser transformado e como eles podem ajudar para esta transformação dos ambientes.

Mais fotos da participação dos alunos da EMEF Maria Quitéria nesta atividade.

Para saber mais sobre o Projeto AES Sul na Comunidade

Profª Daniela Menezes

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Escola também é lugar de se divertir

Na reunião dos Repórteres Ambientais Mirins desta semana, acompanhamos a implementação da proposta do Conselho de Alunos MQ para os recreios. Foi preciso termos uma conversa no início, apresentando os monitores de recreio como novos personagens presentes nesse momento escolar. Eles ganharam coletes azuis e terão alunos diferentes, da turma responsável pela organização do recreio na semana, a cada dia. Dessa forma, todos podem experimentar esta posição, percebendo a responsabilidade necessária para a função e dividindo a tarefa com o professor plantão do recreio que precisava cuidar da segurança de todos os alunos do recreio sozinho. Também foi necessário apresentar os novos materiais e a reorganização dos espaços e da dinâmica do recreio:

Com jogos, brinquedos, livros e materiais de desenho na área coberta...


E com materiais de educação física, bambolê, cordas e peteca na quadra...


Os monitores das turmas, 5º A, 3º B, 4º A e 1º B atenderam muito bem às exigências da função, mas a presença dos Repórteres Ambientais Mirins foi fundamental para o sucesso desse momento. Continuaremos contando com esses alunos para deixar nossa escola mais divertida, bonita e sustentável.

Profª Daniela